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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

É isto mesmo...Pedro Strecht!!!

Li este excerto no facebook,na página "Quem lê Pedro Strecht",parecia que estava lá á minha espera.Como gosto muito de ler  as coisas que este Srº escreve,resolvi ,guarda-las aqui no meu cantinho.

“ (...) A passagem do 4º ano para o 5º ano de escolaridade é, hoje em dia, uma das mais
importantes transições na vida escolar e individual das crianças. Para os que acabam o
primeiro ciclo e que, na situação mais vulgar, têm entre 9 e 10 anos, fica para trás um
regime de quatro de anos de apenas um professor, uma única sala, convívio de rapazes e
raparigas de idades relativamente próximas, currículos divididos em não mais que três ou
quatro grandes áreas, como a Língua Portuguesa, Matemática, Estudo do Meio,
Expressão Plástica... Chega então a hora de enfrentar (..) disciplinas diferentes, outros e
tantos professores com estilos próprios. (...)


CRESCER
Em crianças com um desenvolvimento normal, esta fase implica estar a crescer com uma
normal capacidade intelectual, ter necessidades emocionais que implicam o gosto de
descobrir o mundo extra-familiar, o desejo de conhecer, a capacidade de manter relações
sociais adequadas com os colegas, estabilidade interna das imagens materna e paterna e
de ambas em dinâmica familiar, uma boa construção individual e de sexo. É uma época
de grande disponibilidade para o conhecimento. (...)


MUDANÇAS
Mas hoje muita coisa mudou. A sociedade, a família, o ritmo de crescimento. Por
exemplo, temos hoje as nossas crianças cada vez mais com acesso a algum tipo de
informação que antes se adquiria mais tarde, embora como menos conhecimento e
globalmente mais imaturas do ponto de vista emocional. Mudou a escola e o sistema de
ensino. (...) Assim, a esta passagem para maior número de professores e disciplinas,
escolas maiores, devia corresponder a uma maior coesão e ligação para não haver tanto
risco de fragmentação e desorganização das crianças.
É também nesta altura que muitas crianças reforçam passos na sua autonomia fazendo
sozinhas o trajecto entre a casa e a escola. Isto pressupõe que se esteja bem em casa,
claro está, mas igualmente na comunidade, no bairro, na cidade. Que possa haver
segurança e estabilidade. E é aí que apetece pensar nos que andam já sozinhos, chave
ao peito por ruas e bairros agrestes.

Aos que têm filhos nesta idade de transição, aconselho apoio redobrado, reforço de
presença e aconselhamento, sem quebra de uma boa distância afectiva que também
favoreça a autonomia. É bom visitar a escola, manter uma presença viva através da
relação com os professores, associações de pais, querer conhecer para saber quem são
os colegas ou principais amigos dos vossos filhos, preencher bem os tempos livres com
um justo equilíbrio entre actividades de expressão livre.


Transitar para o 5º ano é um grande teste aos alicerces que se constituíram na infância,
que agora começa a ficar para trás.

É tempo dos últimos retoques antes da ebulição da adolescência. Para que esta seja mais
uma fase de alegria para muitas crianças e famílias, importa pensar nisto todos os dias"

3 comentários:

Carla R. disse...

Realmente da que pensar. Vivo em França e aqui as crianças mudam de professores todos os anos e de turma (guardam apenas uma percentagem do coleguinhas)e assim vão se habituando desde pequenos a adaptar-se. Ao principio fez-me confusão, mas como esta tudo a correr tão bem, começo a pensar que assim é melhor.

Mamã dos Diabinhos disse...

Os nossos meninos estao a crescer...
Adorei o texto, nao conhecia...
Beijos

Andreia disse...

estão a crescer, mas seguros e bem... que é o mais importante... crianças que se sentem seguras em casa, são crianças seguras fora deste contexto e serão, quase certamente, adultos seguros e responsáveis.... o que conheço dos príncipes vão com certeza ser adultos excepcionais tal com os pais :D